quarta-feira, 6 de outubro de 2021
4.ª DA FEIRA DE VILA FRANCA: SALGUEIRO DA COSTA COLOCA OS PONTOS NOS “I´S”
domingo, 3 de outubro de 2021
3.ª DA FEIRA DE VILA FRANCA: “JUANITO” COM DIMENSÃO DE FIGURA!
Por: Catarina Bexiga
Uma encerrona é sempre um desafio pessoal e profissional. Um desafio que exige preparação e motivação. Um desafio que pode mudar o futuro! Dois anos depois de se tornar matador de toiros, João Silva “Juanito” escolheu a Palha Blanco para se encerrar com seis toiros de várias ganadarias. Uma tarde que resultou com a saída em ombros do jovem toureiro…
A mensagem deixada por “Juanito” é simples de escrever; mas muitas vezes difícil de alcançar por parte de um toureiro. É preciso ter capacidade para aguentar toda a responsabilidade de uma só tarde; ter capacidade para se inventar e reinventar toiro após toiro; ter capacidade para dizer estou aqui! À arena da Palha Blanco saíram toiros de Falé Filipe, Palha, Varela Crujo, Murteira Grave, Calejo Pires e Ribeiro Telles. A mensagem deixada por João Silva foi a de um toureiro cuajado, com a disposição e a ambição “pelas nuvens”, com firmeza e poderio, mas também com recursos quando os toiros exigem outros predicados… Logo com o primeiro da tarde, da ganadaria de Falé Filipe (um toiro com várias virtudes), colocou o público da Palha Blanco de acordo, e a sua disposição e determinação foram fundamentais para o que se seguiu…Com o toiro de Palha, a faena foi menos intensa que a anterior, mas o toureiro soube manter o enlace… até que saiu o quarto da função, um exemplar de Murteira Grave, que investiu com raça, que repetiu as investidas, e surgiu a faena da tarde! Impactante e criativa. Curiosamente, “Chocolate”, assim se chamava, era filho de um novilho indultado por “Juanito” na sua encerrona, como novilheiro, em Villanueva del Fresno. Coisas do destino...
Na Palha Blanco, viu-se um “Juanito” com dimensão de figura!
2.ª DA FEIRA DE VILA FRANCA: A FIRMEZA DE FERREIRA E A ENTREGA DE “CUQUI”!
A aposta era arriscada por um lado, mas motivadora por outro. Porém, com o propósito de homenagear os toureiros vilafranquenses e servir de "empurram" para quatro jovens matadores de toiros portugueses. No cartel, António João Ferreira, Nuno Casquinha, Joaquim Ribeiro “Cuqui” e João Diogo Fera anunciados para a Palha Blanco com oito toiros de Oliveira, Irmãos. Uma noite com várias matizes, em que sobressaíram dois nomes: Ferreira e “Cuqui”.
António João Ferreira é um toureiro que continua a surpreender pelo seu valor. A mesma serenidade, a mesma tranquilidade, a mesma quietude… como se toureasse todos os dias. Em ambos do lote, esteve, claramente, por cima das circunstâncias. E se o vimos com as virtudes que lhe são características no primeiro da noite; foi ele que inventou (agigantando-se e superando-se) a faena no quinto da função. Um toureiro com pureza e firmeza, cuja carreira merecia encontrar outro rumo…
Joaquim Ribeiro “Cuqui” atravessa o seu melhor momento. O seu primeiro “oliveira” prometeu, inicialmente investiu com motor, mas durou pouco… contudo, enquanto durou, “Cuqui” aproveitou-lhe as investidas. A primeira serie de derechazos foi intensa e colocou o público da Palha Blanco a seu favor. O seu segundo, foi um toiro que não terminou de convencer (inclusive, houve divisão de opiniões, aquando da intenção de chamar o ganadero à arena), mas investiu pelos dois pitóns e o moitense voltou a estar decidido e entregue.
Nuno Casquinha teve uma passagem discreta por Vila Franca. Poucas horas depois, anunciou a sua retirada das arenas. Suponho que a decisão mais difícil da sua vida, porque Casquinha sempre foi um toureiro persistente e resiliente, um toureiro que teve a capacidade de atravessar o Atlântico, à procura de melhor sorte, um toureiro que sempre acreditou que “o sonho comanda a vida”.
João Diogo Fera apresentou-se no seu pais, e na sua terra, como matador de toiros. Porém faltou-lhe argumentos para se impor ao seu lote. Sobretudo com o sobrero, que saiu em último lugar, os aficionados mereciam ver, da sua parte, mais entrega e maior esforço, o que não aconteceu.
Quem conseguiu aproveitou a oportunidade...
Fotos: Pedro Batalha
sexta-feira, 1 de outubro de 2021
1.ª DA FEIRA DE VILA FRANCA: UMA NOITE DE “SECAR A BOCA”!
sábado, 25 de setembro de 2021
CAMPO PEQUENO: SALGUEIRO DA COSTA VOLTA A DIZER "PRESENTE"!
segunda-feira, 13 de setembro de 2021
SOBRAL DE MONTE AGRAÇO: SOB O SIGNO DA ENTREGA!
domingo, 29 de agosto de 2021
SALVATERRA DE MAGOS: ANA BATISTA MOSTROU QUEM É!
Por: Catarina Bexiga

sexta-feira, 27 de agosto de 2021
CAMPO PEQUENO: A FORÇA DE UM NOME!
João Moura foi luz do Toureio a Cavalo naquela década de 70 e seguintes... Quantas conquistas? Quantas tardes históricas? Quantas manchetes nos jornais e nas revistas? A carreira do "Niño Moura", como o apelidaram em Espanha, teve impacto na sociedade portuguesa, pelo que aportou ao Toureio a Cavalo e pelo que representou para as gerações futuras. Um nome grande!
É verdade que o tempo passou, mas aquele desgaste próprio dos anos e das "cornadas" da vida é superado por uma intuição natural, por um querer próprio, por uma ambição desmedida. Isto é João Moura! Um Toureiro que continua a ter partidários, que uma vez aqui, outra acolá - e ao fim deste tempo todo - continua a reacender a paixão em seu redor e a nutrir o entusiasmo dos seus seguidores. Ontem, em Lisboa, foi assim!
Hoje com mais de 60 anos temos que reconhecer, a João Moura, um enorme valor e um gigantesco mérito. Actualmente, o seu toureio resume-se à concretização das sortes; mas a verdade é que em ambos os toiros mostrou que ainda é ele quem manda; pois mesmo partilhando cartel com os seus dois filhos, não lhes ofereceu de bandeja o triunfo...foi ele (João Moura) quem mais arriscou, quem mais pisou os terrenos, quem mais se expôs! Como reconhecimento por tudo, no final da noite, João Moura saiu a ombros pela porta grande do Campo Pequeno.
Dentro do seu conceito, com ligeiras entradas ao pitón contrário a meio da viagem, João Moura Jr. saiu-se melhor no segundo da noite, montado no Jet-Set. Com o quinto da ordem, um toiro manso encastado, a contra-estilo, com o Juventus faltou chama ao que fez e com o Hostil as "mourinas" também não impactaram.
Miguel Moura foi o que melhor andou de saída. Montado no Xarope, quer no terceiro, quer no sexto, deu importância aos compridos e, inclusive, foi autor de uma sorte de gaiola de nota elevada. Depois praticou um toureio dinâmico e vibrante, tirando partido da preparação e remate das sortes; mas mais convincente e menos enganoso no seu primeiro com o Marega, em contraste com a exuberância dos quiebros no último com o Quite.
Aos toiros de Veiga Teixeira, superiormente apresentados, voltei a notar, outra vez, alguma falta de "personalidade". Com defeitos e virtudes, os quatro primeiros saíram dispostos a colaborar com os toureiros; os dois últimos foram mansos encastados, com mais complicações.
A noite também foi dos forcados. Pelos Amadores de Santarém pegaram António Taurino à primiera, Salvador Ribeiro de Almeida (na melhor pega do grupo) também à primeira e Francisco Graciosa à terceira. Pelos Amadores de Montenmor-o Novo concretizaram João da Câmara e Francisco Borges com duas grandes pegas à primeira e Brancisco Bissaya Barreto à segunda, não menos brilhante.
Para além do que se passou na arena (do meu ponto de vista é sempre o que vale) a noite lisboeta ficou marcada por uma mega manifestação dos "anti 's" à porta do Campo Pequeno; à qual os aficionados responderam da única maneira possível: civismo!
Foto: Pedro Batalha
quarta-feira, 18 de agosto de 2021
CORUCHE: 50 ANOS DE HISTÓRIA!
domingo, 15 de agosto de 2021
ARRUDA DOS VINHOS: TARDE IMPORTANTE DE SALGUEIRO DA COSTA!
ARRUDA DOS VINHOS: DECEPCIONANTE!
LISBOA: NOITE DE REENCONTROS!!!
sábado, 14 de agosto de 2021
ARRUDA DOS VINHOS: OBRIGADA STO ANTÓNIO!
AZAMBUJA: UMA TARDE… DE INTERROGAÇÕES
SALVATERRA DE MAGOS: O TOUREIO DE ANTÓNIO “HA BAJADO DEL CIELO”!

domingo, 9 de maio de 2021
VILA FRANCA DE XIRA: MÉRITO, A PALAVRA DE ORDEM!
Por: Catarina Bexiga
O verdadeiro Mérito é como o fogo vivo: ainda que o
abafem rebenta. Depois do que vivemos e sentimos nos últimos tempos – com todas
as dificuldades que nos preocuparam e com todas as incertezas que nos rodearam –
a palavra Mérito é a que melhor define a recém-terminada Feira do Toiro,
anunciada para os dias 7 e 8 de Maio, na Palha Blanco. Porque houve Mérito da
empresa (Tauroleve), sabendo que apenas poderia preencher 30% da lotação; e
houve Mérito por parte dos intervenientes nos espetáculos, sabendo que pela “porta
dos sustos” iam sair dois curros sérios… e aquelas duas tardes na Palha Blanco foram
as suas primeiras tardes da temporada 2021. Sejamos justos!
Todavia, para uns este Mérito inicial não transcendeu
na arena; para outros ganhou dimensão maior e é uma conquista importante. Na Sexta-feira,
a Corrida do Dr. António Silva saiu díspar de jogo; e teve dois toiros que, do
meu ponto de vista, foram privilegiados pelo entusiasmo (e “fome” de toiros)
dos aficionados. O terceiro, que inicialmente apertou com Duarte Pinto, mas que
depois nos curtos esperou muito no momento do ferro; e o quarto, que teve um
comportamento sui-generis, sem se empregar atrás do cavalo de António Ribeiro
Telles, andarillo, mas nos três últimos curtos investir em contra querença
natural. Verdadeiros enigmas. E a ganadera foi à arena….
De Toureio a Cavalo, há pouco para dizer. Luís
Rouxinol andou a meio gás. Na generalidade, Duarte Pinto esteve aquém das suas
capacidades. E deixei para o fim António Ribeiro Telles, porque na realidade
foi o único que empolgou os amantes do Toureio a Cavalo. Montado no “Alcochete”,
cravou três curtos de eleição.
Quanto à segunda tarde na Palha Blanco, sublinho,
novamente, o Mérito de ambos os cavaleiros ao se deixarem (logo no início da
temporada) anunciar mano-a-mano com uma Corrida de Veiga Teixeira, com um
trapio impressionante. Houve de tudo… o pior saiu em primeiro lugar, reservadíssimo;
e o melhor em último, com raça… e chamada do ganadero à arena.
Porque sou apologista do Mérito, para mim, a
actuação da tarde esteve a cargo de Luís Rouxinol Jr. frente ao primeiro. Já
escrevi várias vezes, que o interesse do Toureio a Cavalo não está em cravar
ferros (muito em moda nos tempos actuais); o interesse do Toureio a Cavalo está
em tourear… e tourear é resolver os “mistérios” (querenças, terrenos, distâncias,
etc.) de cada toiro e inclusive superar as dificuldades. Rouxinol Jr. começou
com uma sorte de gaiola, com o toiro a ficar à espera, que teve um valor incalculável!
O segundo comprido voltou a ser superior. Logo a seguir, o toiro foi acentuando
ainda mais as suas complicações. No segundo curto, surgiu a colhida, mas o
toureiro encastou-se, veio para cima, destemido e determinado, e com o “Amoroso”
apontou mais dois curtos de boa nota. Actuação suada, mas que dá crédito! O
mesmo propósito manteve nos dois toiros que se seguiram, voltou a convencer,
novamente, com o “Amoroso” no terceiro, e andou animoso com o “Douro” no quinto.
António Prates também superou o desafio. Deu a cara
com os argumentos que possui, viu-se desembaraçado, procurou resolver, e até
empolgou (com sortes a quiebro) os exigentes aficionados de Vila Franca, na
recta final da segunda e terceira actuação.
Resta dizer que as duas tardes na Palha Blanco foram,
literalmente, para forcados de barba rija. Houve um Mérito (lá está de novo a
palavra) enorme por parte de todos. Na Sexta-feira, pelo grupo de Vila Franca
pegaram Luís Valença à segunda tentativa, David Moreira à terceira e Guilherme
Dotti à segunda. Por Alcochete concretizaram Vitor Marques à segunda tentativa,
João Belmonte à primeira com uma grande ajuda e Manuel Pinto à segunda. No Sábado,
pelo grupo de Montemor-o-Novo, esteve enorme Francisco Borges que se fechou ao
terceiro intento, Francisco Bissaia Barreto à segunda com outra grande ajuda e
Bernardo Dentinho também à segunda. Por Vila Franca foram caras Vasco Pereira à
primeira tentativa, Pedro Silva também à primeira com uma outra colossal ajuda
e João Matos à segunda. Justiça seja feita a todos eles!
Foto: Tauroleve / João Silva
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