segunda-feira, 12 de junho de 2023

ARRUDA DOS VINHOS: DA ATITUDE DE ANA BATISTA AO REGRESSO DE NUNO CASQUINHA!

Logo a abrir e quase a fechar. Dois momentos de maior “chama” marcaram a tarde, de ontem, em Arruda dos Vinhos: A cavaleira Ana Batista, com o primeiro da tarde, um manso de lei; e o matador Nuno Casquinha, com o sexto, um bravo, com quatro anos, ferrado com o N.º 62, da ganadaria do Eng.º Jorge de Carvalho.

Ana Batista provou que com os toiros mansos também se triunfa. Depois de dois compridos eficazes, com o toiro a evidenciar muito a sua querença em tábuas, a cavaleira de Salvaterra de Magos “encastou-se”, impondo-se às adversidades e apoderando-se completamente da situação, montada no “Hermoso” .  Com o primeiro curto na mão, “meteu-se com o toiro”, surpreendeu-o num palmo de terreno, fixou-lhe a atenção; não deixando o toiro descair novamente para a sua querença e ficando colocado nos médios. O público reconheceu a disposição da cavaleira e a actuação explodiu. O segredo esteve na atitude, na ligação e no ritmo. A serie de curto teve o condão de nos alimentar o entusiasmo.

João Moura Caetano começou com duas tiras poderosas com o “Pidal”. O toiro do Eng. Jorge de Carvalho teve mais alegria a galopar atrás do cavalo do que no momento do ferro e não escondeu a sua vontade de procurar os curros. Porém, montado no conhecido e expressivo “Campo Pequeno”, Moura Ceatano apresentou argumentos que jogaram a seu favor.  O terceiro curto foi o melhor do conjunto.

Ana Rita toureou o “sobrero”(voluntarioso) depois do seu toiro se ter lesionado no decorrer da lide. Uma cortesia da cavaleira, Câmara Municipal e Junta de Freguesia, pois o regulamento não o obrigava. A actuação de Ana Rita pautou-se pela alegria, desenvoltura e dinâmica.

Francisco Núncio teve pela frente um toiro exigente que lhe comprometeu a actuação. Depois de três tiras correctas; no primeiro curto, o exemplar do Eng.º Jorge de Carvalho adiantou-se ao cavalo e as dificuldades em contornar a situação aumentaram e foram evidentes.

Pelos Amadores do Clube Taurino Alenquerense pegaram Rafael Brás e João Rocha, ambos à primeira tentativa. Pelos Amadores de Arruda dos Vinhos concretizaram João Costa à segunda e Pedro Belbute também à segunda.

Depois da excelente novilhada que saiu em Março em Vila Franca, havia expectativas em ver, novamente, toureados a pé, os toiros do Eng. Jorge de Carvalho. E não gorou as expectativas o sexto da tarde, que tocou a Nuno Casquinha, um toiro bizco, com tipo de investir. No seu regresso às arenas, Casquinha teve a sorte do seu lado. De capote recebeu o toiro nos médios com uma chicuelina que causou burburinho. Depois no tercio de bandarilha o destaque recaiu no segundo par. O toiro investiu humilhado pelos dois pitóns, teve classe e aguentou series largas. Mais templado e cuajado, o vilafranquense construiu uma faena que pôs todos de acordo. No fim, volta para o toiro e duas voltas à arena de Nuno Casquinha acompanhado pela ganadera Raquel de Carvalho.

António João Ferreira esbarrou com um animal que não o ajudou. Todavia, a meio da faena, quando obrigou o toiro a investir e a humilhar, surgiram dois ou três derechazos que ajudaram a confortar o esforço do matador.

Em suma, uma tarde entretida e com momentos de toureio para aficionados!

FOTO CEDIDA PELA REVISTA NOVO BURLADERO


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