terça-feira, 30 de janeiro de 2018

PENSAMENTO DO DIA: A REALIDADE IMPÔS-SE!

Por: Catarina Bexiga

Não há dúvida que a paixão pela Festa de Toiros está no sangue do povo português. Trata-se de uma paixão resistente, que tem “sobrevivido” a todos os desencontros/mudanças/dissabores, etc…

O novo século trouxe-nos a “moda" das praças de toiros desmontáveis. Se por um lado, foi uma forma da Festa de Toiros chegar a todo o lado, expandindo-se, promovendo-se; por outro, correram-se vários riscos… Não havia localidade que não organizasse um espetáculo. Só para terem uma ideia, na temporada de 2000 realizaram-se 337 espectáculos; em 2001 o número atingiu o record de 339; e em 2002 realizaram-se 331 espectáculos. Estamos a falar de sensivelmente mais 150 espectáculos que na actualidade. Completamente, contranatura!

Contudo, o tempo (com a ajuda da crise) colocou tudo no seu sítio. A realidade impôs-se! Os números estão a aproximar-se, lentamente, do normal; e segundo a IGAC divulgou, recentemente, em 2017 houve um aumento de público de 4,39%.

Hoje o aficionado vai à procura de um espectáculo que o emocione e que o surpreenda. Não, de um “filme” repetido. Mais do que nunca, é preciso que na arena se passe algo verdadeiramente grande. Que dê vontade de voltar!

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

PENSAMENTO DO DIA: POR CÁ, ANDAMOS…

Por: Catarina Bexiga

A temporada de 2018 está a oito dias de começar... 

Como mencionei num dos “meus pensamento” anteriores; entre nós, o Inverno serviu para muita coisa, sobretudo almoços e jantares, porque isto de abordar os problemas e de estudar as soluções, com vista a uma Festa de Toiros com futuro, perde-se muito tempo e são menos almoços e jantares que se comem.

Os exemplos vêm diariamente do país vizinho. A recém realização do Fórum de Promoção, Defesa e Debate sobre as Feiras de Novilhadas é um deles. Com a participação de todas os Certames de Novilhadas importantes, como  Arnedo, Arganda del Rey, Algemesí, Villa del Prado, Collado Mediano, Calasparra, Los Molinos, Moralzarzal, Andorra, Blanca, San Agustín de Guadalix e Villaseca de la Sagra, foram discutidos os possíveis melhoramentos a todos os níveis – económico, social, mediático, etc… – para que os ditos Certames de Novilhadas resistam, face às dificuldades de organização dos mesmos.

Em Portugal, o Ciclo Nacional das Escolas de Toureio, levado a efeito nos dois últimos anos, foi um “oásis no deserto”...

Jesús Hijosa (alc. de Villaseca de la Sagra) recordou “sin ferias de novilladas no habrá canteras y sin cantera no habrá fiesta de los toros”.

Por cá, andamos…

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

PENSAMENTO DO DIA...

Por: Catarina Bexiga

O Inverno mergulhou-nos num silêncio preocupante. Como que a Festa de Toiros em Portugal nada tivesse para emendar ou melhorar … Somos um país de conformados!

O concurso da Palha Blanco é efectivamente o acontecimento deste defeso. A abertura das propostas para a adjudicação da arena vilafranquense está marcada para amanhã, Sexta-feira (19 de Janeiro), às 16.30 h., nas novas instalações da Santa Casa da Misericórdia, proprietária do tauródromo. Até lá, todas as ideias estão “fechadas a sete chaves”…

As mãos que conduzirem os destinos da Palha Blanco terão a oportunidade (com dedicação e trabalho) de devolver um novo entusiasmo a Vila Franca e aos aficionados em geral. Porque quer queiram, quer não queiram, Vila Franca tem capacidade para ser a referência maior de Portugal. Tem uma arena centenária. Tem uma história apaixonante. Tem uma afición exigente, que não tolera “atrevimento”, e que contrasta com os hábitos que prevalecem.


Que o novo “dono” da Palha Blanco saiba olhar para Ela, com o respeito; Porque não ambição? ; Porque não escrever mais um capítulo na sua centenária história? ; e que os aficionados tenham motivos que sobrem para ir a Vila Franca! 

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

PENSAMENTO DO DIA...

Por: Catarina Bexiga


Guio-me pela teoria, de que a melhor defesa da Festa de Toiros está na arena, porque uma Festa com “grandes actuações”,  com “grandes acontecimentos, com “grandes recordações”; torna-se facilmente, uma Festa consistente, com poder e com futuro… e com muitos Anticorpos.
Há cerca de um ano, o periodista António Lorca escreveu, no jornal El País, um artigo que me ficou gravada na cabeça e que, no decorrer da temporada passada em Portugal, se me reavivou e inquietou. Com a época 2018 a chegar, esperemos que as suas palavras (com fundo de verdade, por isso mesmo preocupantes) definam um período curto da história do toureio. E que a solução seja encontrada…

“El aficionado exigente es un enemigo a batir; la seriedad, un valor retrógrado.”


“La Fiesta de los Toros no tiene más que una solución y es la seriedad, fuente de la emoción, baluarte indispensable para su mantenimiento en el tiempo.”

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