sábado, 10 de setembro de 2016

Lisboa: Por onde vou começar?

Lisboa, 8 de Setembro 2016
Por: Catarina Bexiga

Não sei se hei-de começar pelo que me alegrou, ou, pelo que me entristeceu. Essa foi a mistura de sentimentos que trouxe de Lisboa. Para mim, João Moura foi o autor da melhor actuação da noite, com o seu primeiro. No entanto, senti que passou despercebida… Não estranho! O público está “confuso” sobre o que são os valores a preservar... O “romãotenório” foi uma autêntica tourinha, mas Moura esteve em Maestro, soube gerir as suas investidas e soube aproveitá-lo… De saída, com o “Xarope”, apontou um segundo comprido superior, e depois cravou cinco curtos idênticos no conceito. Citou de praça a praça, encurtou distâncias, reduziu na cara do toiro… e cravou de alto-a-baixo. Deu gosto vê-lo! Com segundo, andou totalmente diferente. Carente de interesse. Assumi-lo com discrição, ter-lhe-ia favorecido, como profissional e referência. Mas quis prolongar a actuação, pediu um ferro, outro e mais outro… e criou uma situação desconfortável para o Delegado Técnico Tauromáquico, Manuel Gama, que pressionado pelos protestos e olhares que vinham da arena não foi coerente até ao fim. Tudo se poderia ter evitado!

Pablo Hermoso de Mendoza não teve um lote propícia aos seus desejos. Mas quem escolhe, terá que também assumir o resultado do que escolhe. O seu lote saiu sem raça, sem investida suficiente. O de Navarra apenas deu um ar da sua graça, com o quinto da função, montado no “Disparate” e pouco mais…

João Moura filho teve uma actuação indefinida com o seu primeiro, apenas destaco o segundo comprido com o “Goya”; e andou mais vistoso com o último da noite. Pelo menos, pôs mais vibração no quinto e sexto curto montado no “Xeque-Mate”. Tirou partido do remate das sortes e no fim deu volta com o ganadero.

Pelo grupo de Tomar pegaram João Serra e João Oliveira, respectivamente à segunda e quinta tentativa. Pelo Aposento da Chamusca concretizaram Francisco Montoya à primeira e Francisco Andrade à segunda. E pelo grupo de Portalegre foram caras Ricardo Almeida à primeira e António Cary à segunda. 

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