domingo, 28 de agosto de 2016

CALDAS DA RAINHA: FADOS E TOIROS SINÓNIMO DE PORTUGAL

Caldas da Rainha, 26 de Agosto 2016
Por: Catarina Bexiga

D. Vivente da Câmara, figura marcante da história do fado, foi homenageado nas Caldas da Rainha, terra que projectou através de um dos seus mais conhecidos fados. Uma homenagem que merecia mais público e que contou com a presença do “Fado Marialva”.

O curro de Veiga Teixeira saiu sério de apresentação e comportamento. O quarto revelou-se manso encastado e o quinto complicado. Os restantes conservaram interesse nas suas investidas.

António Ribeiro Telles teve uma noite importante. Uma noite em Maestro. Ao primeiro apontou correctamente os compridos com o Embuçado; e sobrou-lhe torería montado no Veneno. Adornando os cites e entrando muito ao toiro, sobretudo, no último curto. Um grande ferro. O quarto não teve a mesma generosidade que o anterior. Foi manso encastado, com investidas súbitas e bruscas. Exigiu um toureiro experiente e com poder. E foi o que vimos. António, montado no Alcochete, assinou uma actuação de TOUREIRO com maiúsculas.

Filipe Gonçalves também defendeu o seu nome com argumentos válidos. Com o seu primeiro dividiu a actuação em duas partes. Com o Gucci cravou três curtos de boa nota, e com o Chanel cambiou de conceito, e terminou com dois ferros a quiebro, que chegaram com força às bancadas. O quinto da tarde, saiu parado e indiferente. Filipe mostrou atitude, imprimiu garra, encontrou soluções e teve mérito o que fez.

Embora com intermitências, Francisco Palha mantém acesa a chama que nele ainda faz acreditar. Recebeu os dois toiros com o Roncalito, mas foi no último que cravou os melhores ferros. Depois com a Duquesa procura fazer um toureiro impactante, mas com resultados díspares.



Pelos Amadores de Montemor-o-Novo pegaram João da Câmara (neto do homenageado) à 1.ª, seguindo-se Luís Valério com uma grande pega também à 1.ª e a encerrar, depois de gorada a tentativa de cernelha, Francisco Borges. Pelos Amadores das Caldas da Rainha foram caras Francisco Mascarenhas numa outra grande pega à 1.ª, Mário Carneiro à 2.ª, a dobrar António Lacerda, e a terminar Francisco Rebelo de Andrade à 1.ª, a dobrar José Maria Abreu. Uma noite exigente para todos!

Foto: Pedro Batalha

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

NAZARÉ: UM ROUXINOL DO TAMANHO DO MAR

Nazaré, 20 de Agosto 2016
Por: Catarina Bexiga

Uma terra cheia de encantos, de varinas e pescadores, onde a Festa de Toiros também marca presença todos os verões. Mas de encantar não foram os toiros enviados pelo ganadero Nuno Casquinha para a castiça arena, os dois primeiros adiantaram-se aos cavalos, o quarto revelou-se o melhor do curro, mas foi preciso muita decisão por parte dos cavaleiros para superar as adversidades.

O primeiro da noite deixou no ar, inclusive, um clima de preocupação. Mas Luís Rouxinol não se apavorou. Reagiu. Com determinação e valentia. Com experiência e argumentos. Montado na “Viajante” acreditou. Grande actuação. Grande mérito. É caso para dizer que Rouxinol esteve do tamanho do mar… Gigante!

Melhor sorte não teve Ana Batista, com mais um toiro perigoso e complicado. Com ofício, resolveu os problemas. Miguel Moura pôs querer na sua actuação; João Salgueiro da Costa e o praticante Parreirita Cigano andaram irregulares; e o também praticante Luís Rouxinol Jr. assinou uma actuação em crescendo.

Pelos Amadores de Lisboa pegaram João Luís à primeira, Pedro Gil à segunda e João Varanda à primeira. Pelos Amadores do Ribatejo concretizaram Rafael Costa à primeira, João Oliveira à terceira e Dário Silva à primeira. E também eles encararam a noite com determinação e valentia...

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

ARRUDA DOS VINHOS: DUARTE PINTO CONVENCEU... E VENCEU!

Arruda dos Vinhos, 16 de Agosto 2016
Por: Catarina Bexiga

Para convencer… e também vencer o prémio para a melhor lide em Arruda dos Vinhos, Duarte Pinto limitou-se a fazer uma coisa simples: Tourear a Cavalo. Não complicou. Não degenerou. Não imitou. Simplesmente deu vida ao Toureio a Cavalo, na sua verdadeira essência. O terceiro do Concurso de Ganadarias pertencia a Veiga Teixeira. Foi um toiro manso que cedo procurou as tábuas. Mas com os mansos também se pode triunfar. Basta entendê-los. Foi o que Duarte Pinto fez. Montado no “Cesário” dispensou os bandarilheiros e tomou ele próprio a iniciativa. A actuação foi em crescendo. O segundo e terceiro a sesgo, bons (pena não rematar por dentro), e o quarto e quinto, com o toiro fora da querença, também muito bons. Grande actuação! Intencional… e meritória! Frente ao sexto, com o ferro do Eng. Jorge de Carvalho, um toiro reservado, Pinto andou mais discreto.
Filipe Gonçalves entrou para a corrida das Festas em Honra de Nossa Senhora da Salvação no lugar de Marcos Tenório. O toiro de Paulino da Cunha e Silva procurou os terrenos de dentro e o de António Silva veio de mais a menos. Viu-se querer da parte do cavaleiro, mas as actuações não tiveram força para romper.

João Telles Jr. apenas lidou o quinto, porque o de Cunhal Patrício se inutilizou após os compridos. O de Santiago não teve raça, mas Telles Jr. andou disposto e variado.

As pegas estiveram a cargo de três grupos. Pelos Amadores de Évora pegaram Afonso Mata e Martim Caeiro, ambos à primeira tentativa. Pelo grupo de Beja, que apenas pegou o quinto, resolveu Luís Eugénio após cinco tentativas de João Fialho. Pelos Amadores de Arruda dos Vinhos concretizaram Pedro Sabino à segunda e o cabo Rodolfo Costa a emendar Pedro Silva.

No fim, os prémios em disputa tiveram a seguinte distribuição:
Melhor Lide: Duarte Pinto
Melhor Grupo/ Melhor Pega: Amadores de Évora / Martim Caeiro
Melhor Toiro: António Silva.

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