sábado, 14 de agosto de 2021

AZAMBUJA: UMA TARDE… DE INTERROGAÇÕES

Por: Catarina Bexiga
Durante a tarde de ontem, sentada nas bancadas da praça de toiros “Dr. Ortigão Costa”, interroguei-me, várias vezes, sobre o futuro de tudo aquilo que ia observando na arena… Nem vou escrever sobre o vazio com que regressei a casa…
Todavia, confesso – e não é de hoje – que me preocupa e que me inquieta, a falta de exigência (e talvez, ambição) com que se norteia a maioria dos nossos toureiros; tratando-se de uma Corrida Mista, na falta de noção do que são dois toiros com “hechuras” para investir…e a complacência e passividade com que a maioria das pessoas assistem ao espectáculo. E preocupa-me, agora, mais do que nunca! Porque se os ataques que “vêm de fora” são perigosos e constante (e vão continuar…), a nossa resposta tem que ser muito diferente!
Como escreveu, recentemente, o João Queiroz no seu editorial na Revista Novo Burladero: “A melhor defesa (da Festa de Toiros) está dentro da praça: A qualidade do espectáculo; a sua capacidade de atrair aficionados às bancadas, enchendo-as; a categoria dos intérpretes; o nível do toureio exibido; o despertar de paixões; o verdadeiro toureio!” Concordo plenamente.
Se a tarde de ontem resultou frustrante; a contrapor, julgo merecido enaltecer o Município de Azambuja pela organização (dentro dos moldes possíveis) do Mês da Cultura Tauromáquica e a empresa Ovação e Palmas pelo Ciclo de Novilhadas que decorreu nos dois anteriores fins-de-semana. A esperança (de que tudo pode ser diferente) é a última coisa a morrer!
Foto: Pedro Batalha

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