sexta-feira, 21 de setembro de 2018

LISBOA: A DESPEDIDA DE PADILLA, O TOUREIRO QUE SALVOU O HOMEM CHAMADO JUAN JOSÉ!

Por: Catarina Bexiga

Juan José “Padilla” despediu-se da afición portuguesa, com quatro voltas à arena e uma saída em ombros, regalada por um público que o admira (sobretudo) como Homem e que esteve perto de esgotar o Campo Pequeno. “Padilla” é um produto diferenciado, que passa uma imagem heroica, uma imagem de superação. O triunfo da vida sobre morte. Após 25 anos de Alternativa, no corpo leva quase 40 cornadas. A mais conhecida, em Outubro de 2011, em Zaragoza (com perca do olho esquerdo) e a mais recente em Arévalo (que lhe arrancou o couro cabeludo). O agora mediático “toureiro pirata”; de matar corridas duras, como Victorinos ou Miuras, passou a lidar corridas mais “agradáveis”, com cartéis de Figuras. A sua vida mudou e com ela mudou a sua atitude e a sua aceitação. Ontem, em Lisboa, com um lote de Varela Crujo, que investiu com pouca classe, “Padilla” vendeu o seu próprio espectáculo e enlouqueceu a Monumental do Campo Pequeno. Uma história de vida extremamente meritória, em que – segundo palavras do próprio diestro : El torero salvó al hombre.”

Quanto ao restante cartel, João Moura Caetano teve uma noite sem brilho; e Duarte Pinto defendeu o seu conceito, sobressaindo em dois curtos com o “Visconde” no seu primeiro; e de saída com o “Espectáculo” no seu segundo. É um toureiro que para transcender precisa de um tipo de toiro (como aconteceu com a corrida de Vale Sorraia) com mais emoção... Para cavalo, lidaram-se exemplares de Vinhas, parados os dois primeiros e mais colaboradores os últimos.
   
Pelos Amadores de Santarém pegaram António Taurino à primeira e Ruben Gioveti à séptima. Pelos Amadores de Montemor-o-Novo concretizaram João da Câmara à primeira (com uma grande ajuda) e Francisco Barreto à terceira.  

Foto: Campo Pequeno

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