terça-feira, 14 de março de 2017

FALAR DE TOIROS COM… Rafael Vilhais

Por: Catarina Bexiga

Em 2016, Rafael Vilhais aventurou-se no papel de empresário das praças de toiros de Beja, Salvaterra de Magos e Caldas da Rainha. Em apenas uma temporada, deu que falar. Inovou. Arriscou. Criou expectativas. Para 2017, juntou ao grupo a praça de toiros “Daniel do Nascimento”. 
A motivação do empresário contínua em alta…

Falar de Toiros – Conhecendo o meio taurino português, e os seus vícios, o que é que o motivou a aumentar a participação empresarial na temporada passada?

Rafael Vilhais – O primeiro motivo foi a minha afición. Penso que pode ser uma mais-valia para refrescar o ambiente. Pelo menos, para mudar qualquer coisa para bem da Festa de Toiros em Portugal. Para além disso, também o incentivo por parte de alguns amigos e profissionais da Festa foi fundamental para avançar.

FT – O Rafael foi nomeado por muitos o empresário da temporada. Para si, a conquista deste título deve-se ao facto de ter contratado, sobretudo, Diego Ventura para Beja e Roca Rey para Salvaterra de Magos, duas praças de toiros identificadas como de difícil gestão?~

RV – Talvez por isso, e pela situação actual que vivemos ou vivíamos de monotonia de cartéis. O publico agradece que se faça algo de diferente e na maioria dos casos responde à confecção de cartéis que mais lhe agrada.

FT – Considera que a gerência da praça de toiros das Caldas da Rainha foi menos ousada?

RV – Considero que sim. Foi onde as coisas não resultaram tanto. Também temos que ter em conta que houve dois adiamentos da Corrida Mista de Maio. Apesar disso, o 15 de Agosto teve uma excelente casa, superando o número dos últimos três anos.

FT – Este ano, aumentou o grupo com a “Daniel do Nascimento” (Moita), uma das praças de toiros com mais prestígio. Em Maio (27) junta no mesmo cartel, Diego Ventura e Roca Rey é uma aposta forte… digna de lotação esgotada?

RV – A “Daniel do Nascimento” é, sem dúvida, uma praça de prestígio, e exige de nós o máximo respeito e a máxima dedicação na hora da organização e confecção dos cartéis. Espero que no dia 27 de Maio, com o rejoneador Diego Ventura e o matador de toiros Roca Rey esgote! Se tal não acontecer algo vai mal na afición moitense e no país taurino em geral.

FT – Para além do Concurso de Ganadarias, anunciado para Salvaterra de Magos, para 2017 existem mais planos arrojados? Algum que nos possa desvendar?

RV – Existem mais planos, com certeza, para todas as praças, mas gostava que surgissem também alguns toureiros nacionais com capacidade para criar paixões, e se tornassem verdadeiros ídolos da Festa, que arrastassem multidões e enchessem as praças. Procura-se urgentemente! A seu tempo darei mais notícias de possíveis cartéis. 

FT – Estamos no início da temporada, e há muito por definir. Desde que é empresário, as noites são passadas a idealizar cartéis?  

RV – As noites e às vezes os dias, até mesmo antes de ser empresário. Idealizo e gasto muitas folhas de rascunho a confeccionar cartéis, que nem sempre são possíveis, mas às vezes os sonhos tornam-se realidade.  

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