sábado, 12 de julho de 2025

LISBOA: NOITE DE PAULO CAETANO, NUM CAMPO PEQUENO DIFERENTE!

Por: Catarina Bexiga
Para um toureiro que assinala 45 anos de Alternativa, poder comemorar a efeméride a tourear (para mais ao lado do seu filho) é um privilégio. Paulo Caetano lidou um exemplar da sua própria ganadaria, que foi o colaborador ideal para uma noite de festa. O senhorio e a elegância foram a bandeira do seu toureio. Decerto, recordará importantes triunfos nesta praça.
Mas este não é o Campo Pequeno, praça de toiros, que muitos conheceram. Este é o Campo Pequeno, sala de espectáculos, que os de agora conhecem. São coisas diferentes. É assim, desde a sua reinauguração. E a culpa, não sendo de ninguém, é de todos. Não me identifico com o formato em que tornaram a primeira praça do país, mas deve ser "limitação" da minha parte. Agora, uma corrida de toiros é apelidada de acontecimento, antes mesmo de o sê-lo; os triunfos tornaram-se fáceis e banais; e a bravura até tem novo conceito. Vale de tudo!
Excepto o segundo (fechado de cara), o curro de António Charrua saiu uniforme apresentação e comportamento. A todos faltou raça, e sem raça falta emoção. Todavia, o quarto e sexto tiveram um pouco mais de ânimo para investir. Do meu ponto de vista, foi despropositado o “lenço azul” para premiar o sexto da noite.
Quem também conheceu outro Campo Pequeno foi António Ribeiro Telles. Ao seu toiro faltou empurre, mas António marcou a diferença nos pormenores da lide; de saída ainda recreou a "sorte da morte" com o “Hibisco” e cravou uma série de curtos em crescendo com o “Murmullo”. De uma geração mais recente, João Moura Caetano tirou partido das capacidades do cavalo que leva o nome da monumental, sobretudo nos recortes e nas hermosinas com que rematou as sortes; Marcos Tenório começou com dois compridos poderosos com o “Danone”, mas depois optou por uma versão desprovida de interesse (tendo, inclusive, faltado ao respeito ao Director de Corrida durante a volta à arena); Duarte Pinto procurou imprimir frontalidade ao seu toureio com o “Hábito”; e Miguel Moura assinou uma actuação animosa montado no “Herói”.
Pelos Amadores de Montemor-o-Novo, Vasco Ponce foi dobrado por António Cecílio, tendo a pega sido consumada à quarta tentativa, José Maria Pena Monteiro fechou-se à segunda e o cabo António Cortes Pena Monteiro à primeira. Pelos Amadores de Lisboa consumaram Nuno Fitas, Duarte Mira e João Varandas, todos ao segundo intento.
Após as cortesias, Paulo Caetano foi agraciado pela Casa Real Portuguesa, pela Associação Puro Sangue Lusitano, pela Associação de Criadores de Raças Selectas e pela a empresa do Campo Pequeno.
FOTO: PEDRO BATALHA

sexta-feira, 11 de julho de 2025

VILA FRANCA: MIGUEL FARIA E UMA PEGA QUE É UM HINO À ARTE DE PEGAR TOIROS!

Por: Catarina Bexiga

Em cada tarde de Domingo de Colete Encarnado, Vila Franca parece outra, muito mais apaixonada e muito mais orgulhosa de si própria. Ontem, foi dia de voltar à Palha Blanco e de sentir os batimentos do seu coração… Porque, ali, tudo é diferente!
Superiormente apresentados, saíram os toiros de Vale do Sorraia escolhidos para o toureio a cavalo. Quatro toiros exigentes, com muitas teclas para tocar, e cujo comportamento não se adapta ao toureio “standart” dos tempos que correm. São toiros imprevisíveis, que podem surpreender para o bem ou para o mal, e que muitas vezes criam problemas a quem não os toureie na verdadeira dimensão da palavra.
A presença de João Telles Jr. na tarde de Domingo de Colete Encarnado resume-se à sua atitude frente ao segundo do seu lote, pois com o anterior a actuação não teve força para romper. O quarto da tarde foi um toiro sem entrega, trotón, mas com que o cavaleiro soube tirar melhor partido. Montado no “Marfim”, a actuação veio a mais com o passar do tempo, sobressaindo o quarto curto, em que converteu o perigo em emoção.
Os melhores momentos de Francisco Palha surgiram no primeiro do seu lote. Impôs seriedade, fez-nos estar pendentes de si, e sobretudo no terceiro curto marcou uma posição. Montado no "Jaquetón", aguentou o cite, aceitou a investida, e cravou um grande ferro. O curto que se seguiu, desta vez violando o cavaleiro os terrenos do toiro, também foi outro grande ferro. Com o quinto da tarde sentiu dificuldades em acoplar-se às investidas do Vale do Sorraia.
Escolhi para título deste apontamento, quem verdadeiramente merece. Os Amadores de Vila Franca tiveram mais uma tarde memorável na sua Palha Blanco. Quatro pegas de quatro forcados que se têm vindo a afirmar dentro do grupo. Mas, a pega de Miguel Faria foi mais do que uma grande pega… foi um hino à arte de pegar toiros. Com a serenidade dos predestinados, mas com a coragem e a audácia próprias da idade, fez a Palha Blanco explodir de entusiasmo. Pegaram também Lucas Gonçalves, Guilherme Dotti e Rafael Plácido, todos à primeira tentativa, superiormente ajudados pelo grupo.
A contratação das grandes figuras (com as suas exigências) para os nossos cartéis começa a ser um verdadeiro “pau de dois bicos”, que futuramente pode levar o aficionado a pensar na altura de decidir em ir ou ficar em casa. Bem sei que há excepções, mas a história repetiu-se em Vila Franca. O primeiro toiro de Varela Crujo não tinha a mínima apresentação para sair à arena da Palha Blanco, nem a nenhuma outra arena de primeira categoria. O público não deteve o seu descontentamento (e com razão) e a primeira faena de Castella não teve história. O segundo, mais composto à vista, defendia-se no fim dos muletazos, o vento também não parou de incomodar e ao aficionado valeu somente o ofício do toureiro francês.
Desfrutem com a foto do Pedro Batalha…

 

domingo, 1 de junho de 2025

VILA FRANCA: SOBRARAM TOIROS...

Por: Catarina Bexiga

Tarde de toiros de verdade. Irrepreensíveis de apresentação. E dos seis, dois deles foram dois grandes toiros: o “Carasucia II” de Fernandes de Castro, com cinco anos e 705 Kg, um toiro com mobilidade, nobre e suave, que durou muito tempo; e o “Chato-4” de Sommer d’Andrade, também com cinco anos e 530 Kg, sério por todos os lados, com som nas investidas. Ambos levavam consigo o triunfo dentro. E ambos foram premiados com o lenço azul. Embora tenham sido diferentes, foram os dois toiros extraordinários. Do meu ponto de vista, mereciam ambos o prémio bravura, mas o júri entendeu apenas distinguir a obra de José Luís Sommer d’Andrade, com o prémio bravura, mas também com o prémio apresentação.
O de Condessa de Sobral, aplaudido pela apresentação, foi complicado; ao de Canas Vigouroux faltou entrega; o de Vale Sorraia também foi aplaudido à entrada, e a sua mobilidade foi intermitente; e o de Assunção Coimbra, nunca chegou a romper.
A Palha Blanco registou apenas cerca de ¼ de casa (e dizem-me que à mesma hora, Coruche – com um cartel também de toureiros jovens – ainda estava pior), mas não me venham com a conversa da elevada temperatura. Porque se assim fosse, durante o Verão a maioria das nossas praças fechavam. Não se centrem nas desculpas, centrem-se nas soluções. A realidade é por demais evidente. O nosso Toureio a Cavalo precisa de um abanão; precisa de quem nos faça “hipotecar a casa” para ir à bilheteira, de quem nos faça meter no carro e fazer quilómetros, de quem nos faça aguentar o calor. Em suma, precisa de personalidade e entusiasmo.
Em Vila Franca, sobraram toiros. Houve dois grandes toiros, mas excepto o primeiro, que apresentou problemas, os restantes também estavam à altura do triunfo. Todavia, houve disposição por parte dos cavaleiros, mas faltou muito mais.
João Salgueiro da Costa revelou bom conceito, mas precisa de cavalos que o acompanhem na sua cruzada. Assinou uma actuação muito meritória com o toiro de Condessa de Sobral montado no “Alegre”; viu-se discreto com o de Canas Vigouroux com a “Princesa”; e foi no último, de Sommer d’Andrade, que andou mais animoso. Marcou pontos de saída, e novamente, com o “Alegre” voltou a querer deixar o seu cunho, com um toureio mais em curto, mas com os quarteios abertos à distância. O terceiro e o quinto foram os melhores do conjunto.
Tristão Ribeiro Telles impactou de saída, pela determinação que mostrou, com três sortes de gaiola, a primeira no “Nureyev” e as seguintes no “Príncipe”. No entanto, o seu conceito ainda não definido também não foi propriamente seu aliado. No segundo (Fernandes de Castro) e sexto da ordem (Assunção Coimbra), apostou no “Formigo”, mas como as abordagens foram enganosas, enviando os toiros para fora da sua trajectória natural, faltou ajuste à maioria das reuniões. A melhor actuação aconteceu com o exemplar de Vale de Sorraia. Montado no “Nureyev”, mudou de conceito, abordou com muito mais sinceridade e os resultados foram muito mais convincentes.
Para as pegas dois grandes grupos, um alentejano, o outro Ribatejano. Pelos Amadores de Montemor-o-Novo pegaram José Maria Cotes Pena Monteiro à primeira tentativa, Joel Santos à terceira e Vasco Ponce à primeira. Pelos Amadores de Vila Franca concretizaram Vasco Pereira à segunda com uma boa ajuda de Diogo Duarte, Miguel Faria à primeira e Lucas Gonçalves também à primeira. No fim, o prémio para o melhor grupo recaiu nos forcados da terra.
No fim, a empresa divulgou que João Salgueiro da Costa e Tristão Ribeiro Telles entram nos cartéis da Feira de Outubro.
FOTOS: PEDRO BATALHA



 

segunda-feira, 12 de maio de 2025

SALVATERRA DE MAGOS: UM BRINDE QUE LEMBROU A IMPORTÂNCIA DE UM TOUREIRO!

 

Por: Catarina Bexiga
Há gestos que marcam a diferença. E o brinde de João Telles Jr. ao cavaleiro Emidio Pinto, no dia em que comemorava, precisamente, 50 anos de Alternativa, não só marcou a diferença, como lembrou a importância de um toureiro! Porque Emídio Pinto foi um nome grande do nosso Toureio a Cavalo, uma referência para os que lhe seguiram; pela forma como praticou o toureio e como o conseguiu enaltecer e transmitir. Parabéns, pela bonita efeméride!

O Concurso de Ganadarias que marcou o arranque da temporada em Salvaterra de Magos teve pouca história. O toiro de Manuel Veiga foi voluntarioso e venceu, justamente, o prémio para o melhor toiro; o de Vale Sorraia revelou querença junto ao Sector 2, mas depois no momento do ferro foi fácil; o de Conde de Murça teve pouca entrega; ao de Ribeiro Telles (prémio apresentação) faltou transmissão; o de Foro do Almeida descaiu várias vezes para tábuas e no momento do ferro não foi fácil; e o de Prudêncio manifestou mansidão, com investidas estranhas e sem força.

Do trio de cavaleiros, destacou-se Francisco Palha, sobretudo, no primeiro do seu lote. Andou poderoso e intencional com o toiro de Conde de Murça, procurando agir de acordo com o comportamento do adversário. Com o “Estrondo” tentou valorizar os ferros compridos e depois com o “Paquito” terminou com dois curtos de nota. Com o toiro de Prudêncio teve poucas opções, mas foi com o “Roncalito” que deixou melhor sabor de boca.

Marcos Tenório – com os exemplares de Manuel Veiga e Ribeiro Telles – em ambos, praticou um toureio desprovido de critérios; e João Telles Jr. com o toiro de Vale Sorraia, montado no “Marfim” veio a mais, mas com o de Foro do Almeida não se sentiu a gosto.

Pelos Amadores de Coruche pegaram João Prates à primeira tentativa, Afonso Freitas também à primeira e Frederico Pinto, à primeira, numa pega que deixou dúvidas. Pelos Amadores de Alcochete concretizaram Victor Marques à segunda, Afonso Capricho à primeira e João Dinis à primeira.

Esta tarde de toiros em Salvaterra de Magos foi de homenagem ao Agricultor local José da Costa, que ao intervalo foi distinguido pelo Secretário de Estado da Agricultura, João Moura.

FOTO: ALTERNATIVA DE EMÍDIO PINTO

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

VILA FRANCA: A DESPEDIDA SONHADA DE SALVADOR E A LIDE QUE NOS FEZ SONHAR DE MIGUEL MOURA

Por: Catarina Bexiga

A DESPEDIDA SONHADA DE RUI SALVADOR. Sempre foi um toureiro valente e foi valente até ao fim. Rui Salvador teve a noite que merecia. O último toiro da sua trajectória nas arenas tinha o N.º 39, pesou 500 Kg, e pertencia à ganadaria de David Ribeiro Telles, permaneceu nos médios, indiferente ao cavaleiro e obrigou Rui Salvador a fazer um esforço suplementar. Com o “Vice-Rei”, o segundo comprido foi apontado com muita decisão; e montado no “Hornazo” a serie de curtos ficou para a história de Rui Salvador e para a nossa história enquanto aficionados. Da parte do cavaleiro houve sempre muita disposição, intencionalidade em tudo o que fez e uma ligação constante. A Palha Blanco retribui-lhe com gritos de Toureiro, Toureiro, Toureiro!

A LIDE QUE NOS FEZ SONHAR DE MIGUEL MOURA. Tem vindo a apontar. Tem vindo a dizer que podemos contar com ele. Miguel Moura assinou, ontem, em Vila Franca uma das melhores actuações da sua vida. O toiro de Vale Sorraia saiu com muita mobilidade e a transmitir muito; e estar à sua altura foi um desafio exigente. Logo de saída, com o “Faraó”, Moura apontou uma gaiola poderosa; e com o “Juventus” soube tirar partido da vivacidade das investidas, quer na brega, quer no momento do ferro, deixando o adversário arrancar-se de largo e vencendo o pitón da sorte com autoridade. Actuação vibrante que colocou o público da Palha Blanco de acordo e encerrou com chave de oiro a noite.

A Corrida Concurso de Ganadarias juntou um toiro de Conde de Murça, precioso de hechuras (merecedor do prémio apresentação, que não lhe concederam), mas que teve pouca entrega; o de Veiga Teixeira foi encastado; o de David Ribeiro Telles foi muito reservado; o de Mata-o-Demo foi gazapón; e o de Vale Sorraia foi um toiro com muita mobilidade e transmissão, que merecia ter sido distinguido. Em quarto lugar, João Moura lidou um sobrero de Veiga Teixeira, colaborador, em substituição do exemplar do Eng. Jorge de Carvalho, que foi recolhido sem se perceber o porquê. 

Diogo Oliveira concretizou o sonho de tomar a Alternativa, concedida (a título excepcional) por Rui Salvador. A actuação veio de menos a mais, inicialmente por falta de colaboração do “Chapitô”, mas depois ganhando folgo com o “Orpheu”. Depois de um início infeliz, António Ribeiro Telles destacou-se em dois curtos montado no veterano “Alcochete”; João Moura (que lidou em 4.º lugar o sobrero) despachou com facilidade os curtos montado no “Favorito”; e apesar dos intentos, Rui Fernandes teve uma actuação que não terminou de se definir com o “El Dorado”.

Em noite que costume ser especial para os Amadores de Vila Franca de Xira, esta teve vários matizes. Pegaram Miguel Faria à primeira tentativa, Rodrigo Camilo à primeira, Vasco Pereira também concretizou ao primeiro intento, seguindo-se Salvador Ribeiro Corrêa que dobrou Rodrigo Andrade, André Câncio à primeira e Guilherme Dotti apenas à quinta.

No fim, o Prémio Apresentação e o Prémio Bravura distinguiram o exemplar de Veiga Teixeira.

Se para Diogo Oliveira esta foi a noite da sua Alternativa; para Rui Salvador e Miguel Moura esta foi uma noite para recordar!!!

FOTOS: PEDRO BATALHA


 




domingo, 6 de outubro de 2024

VILA FRANCA: MARCO PÉREZ E TOMÁS BASTOS FAZEM HISTÓRIA NA PALHA BLANCO!!!

Por: Catarina Bexiga

Quem diria que uma das noites mais importantes da temporada portuguesa (se não mesmo a mais importante) fosse uma novilhada mano-a-mano entre dois dos novilheiros punteros do momento, que culminou com a saída em ombros – e a Palha Blanco rendida – de Marco Pérez e Tomás Bastos!? Quem diria!?

Ricardo Levesinho quis marcar a diferença – e a par de Rui Bento que contratou Borja Jiménez para a Nazaré – ambos conseguiram trazer um novo fulgor ao nosso limitado ambiente taurino. E há uma situação curiosa, quando muitos empresários portugueses dizem “cobras e lagartos” do toureio a pé, repare-se no entusiasmo gerado por outros episódios este ano, como por exemplo, a vinda de Roca Rey a Santarém ou a de Emílio de Justo à Moita. Quando as coisas são bem montadas e bem cuidadas – o público responde, sem hesitar. Ontem, a Palha Blanco registou uma grande lotação, e a par da prestação dos dois novilheiros, fez-se história em Vila Franca!

Marco Pérez e Tomás encararam o desafio com máxima responsabilidade e a entrega de ambos foi evidente. Nos seis novilhos, “picaram-se” logo de capote, respondendo aos quites um do outro.

Marco Pérez é um predestinado. Tudo o que o seu toureio tem, não tem a maioria dos demais. Com apenas 16 anos, Marco Pérez consegue juntar em si personalidade, muitas virtudes, muito improviso, muito conhecimento, etc. Ontem, tocou-lhe o melhor lote; o primeiro e o quinto de Álvaro Nuñez serviram para que se exteriorizasse como ele próprio gosta. O seu toureio é a compilação do que é o toureio. Para além de uma intuição natural (fora do comum), a variedade com que começa e acaba cada serie de muletazos é apaixonante. Pérez esteve por cima do novilho menos claro do seu lote (o terceiro da ordem), e fez-nos desfrutar com a intensidade da sua primeira e última faena. Este é um nome que, futuramente, vamos ouvir várias vezes…

Tomás Bastos voltou à “sua” Palha Blanco, ontem. E digo à “sua”, porque há muito tempo que não vejo Vila Franca “volcada” com um toureiro, como vejo agora. O quite por Saltilleras com que respondeu a Marco Pérez, logo no primeiro novilho, fez a Palha Blanco explodir de emoção. Com as bandarilhas mostrou facilidades e poderio. As suas duas primeiras faenas foram em crescendo, com o toureiro, a pouco e pouco, a apoderar-se das investidas e a impor-se; pois o seu primeiro de AN foi tardo e teve uma ponta de génio e o seu segundo igual de tardo, furtando ritmo à faena. Sobretudo, no quarto, Bastos cuajó duas grandes series, uma de naturais e outra de derechazos na fase final. Com o encastado jabonero que saiu em último lugar, Tomás Bastos fez a sua melhor faena, com muletazos larguíssimos, de mão baixa e poderosos. Houve ainda passes de peito que foram um portento. O seu nome continua a fazer-nos sonhar!

Grande noite a que assistimos, ontem, na Palha Blanco. Noite histórica! Fomos uns privilegiados...

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