segunda-feira, 24 de setembro de 2018

MONTIJO: HOUVE COMPETIÇÃO! HOUVE TRIUNFO GRANDE DE ROUXINOL JR.!


Por: Catarina Bexiga

Houve competição de verdade! Houve entrega dos toureiros. Sentiu-se rivalidade na arena. E houve Toureio a Cavalo do que faz desfrutar o Aficionado. Inclusive, foi das poucas vezes que o senti, os três protagonistas do cartel encararam a tarde com “espírito” competitivo. Assim, ganhámos todos!

João Telles Jr. apareceu num registo muito mais válido que o habitual. Surpreendeu! Primeiro, porque deu mais importância aos compridos, montado no “Glorioso”. Segundo, porque revelou maturidade (evidente em ambos do lote), viu-se mais concentrado na cara dos toiros e com um conceito muito mais convincente. A sua segunda actuação com o “Gaiato” foi das melhores que lhe vi esta temporada.
Francisco Palha assinou duas actuação semelhantes em estrutura e irregular nos resultados. De saída, esteve melhor no seu segundo, com o “Gigão”. Depois de bandarilhas – optou (na maior parte das vezes) por colocar os toiros em tábuas e por atacar de largo – em ambas as actuações recorreu à “Duquesa” e ao “Roncalito” e foi com este último que cravou os ferros mais impactantes.

Luís Rouxinol Jr. teve uma grande tarde no Montijo. Com entrega. Com ambição. E com cabeça! Entendeu perfeitamente os seus dois toiros e Toureou a Cavalo como “dizem os livros”! Deu importância aos compridos, quer com o “Caju” quer com o “Aquiles”. Depois, no primeiro do seu lote, montado no “Douro”, esteve intencional nas atitudes e abordou de forma provocante a reservada investida do toiro. Os dois últimos curtos foram os melhores. No sexto da tarde (que investiu com mais transmissão que os restantes), com o “Amoroso”, agigantou-se ainda mais. Actuação em crescendo, sem perder a cara do adversário, sem perder o ritmo, e terminada com um grande par de bandarilhas e um palmo de violino. Foi o justo vencedor do prémio em disputa.  

Os toiros de Paulino da Cunha e Silva saíram reservados, com pouca transmissão; mas não levantaram problemas, não complicaram. O sexto (com mais mobilidade e “som”) foi o melhor do curro.

Em disputa também estava o trofeu para a Melhor Pega. Pela T.T. Montijo pegaram Luís Carrilho e Márcio Chapa, ambos à terceira tentativa. Pelos Amadores do Montijo concretizaram João Paulo Damásio à primeira e Joãe Pedro Suiças à quinta. E pelos Amadores de Tomar foram solistas Vasco Freitas à primeira e Helder Parker também à primeira, vencendo o prémio para a Melhor Pega.


Foto: Pedro Batalha

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