Lisboa
2 de Junho 2016
Por: Catarina Bexiga
Acabo de chegar de Lisboa e dizem-me
que Rodolfo Rodríguez “El Pana” morreu. Há dias em que escrever sobre o que se passa
na arena, não é tarefa fácil, e depois de confirmar a notícia, com menos
vontade e menos ânimo fiquei…
“El Pana” construiu uma história
de vida su generis, rompeu padrões, foi contestado, foi controverso… mas é um
TOUREIRO irrepetível. Com uma tauromaquia muito pessoal – afirmava-se um emissário
do passado – nunca lhe vimos duas faena iguais, era um TOUREIRO genial!
Combatendo a pouca vontade que
tenho em escrever, a noite de Quinta-feira em Lisboa ficou marcada por uma enchente
para ver Pablo Hermoso de Mendoza, João Moura Jr. e Lea Vicent.
Os toiros de Santa Maria justos
de apresentação para o coso da capital, acusaram falta de raça, mas o segundo
da ordem saiu ao gosto do rejoneador de Navarra. Com o Berlín colocou em prática
a sua tauromaquia, com ligação e temple. Com o quarto, montado no Disparate, não
houve tanta harmonia, mas a espaços Pablo fez a delícia do público.
João Moura Jr. não teve a sua
noite em Lisboa. O seu lote foi reservado, mas o seu toureio, demasiado “pré-cozinhado”,
levaram a muitas passagens em falso. As suas actuações não romperam…
Para de Lea Vicent a noite
terminou melhor do que começou. As exigências dos nossos toiros colocaram a
descoberto algumas limitações. Com o primeiro sentiu dificuldade em se acoplar
às investidas, todavia com o segundo andou mais acertada.
Em praça estiveram dois grupos,
cujos cabos se despediram da capital. Por Coruche foram caras Amorim Ribeiro
(1.ª), João Peseiro (3.ª) e António Tomás (3.ª). Por Alcochete pegaram Vasco
Pinto (1.ª), Fernando Quintela (2.ª) e João Machacaz (1.ª).
Foto: João Silva