Lisboa, 16 de Junho /Alcochete, 17 de Junho 2016
Por: Catarina Bexiga
Hoje junto no mesmo apontamento algumas
considerações sobre as corridas de Lisboa e Alcochete, porque de ambas trouxe a
mesma sensação: a afirmação da imagem do Forcado e a reputação do Rejoneo na Pátria
do Toureio a Cavalo.
LISBOA. Grande noite dos Amadores
de Vila Franca de Xira na praça de toiros da capital. Uma história defendida
com orgulho por todo o grupo. Um curro sério de Canas Vigouroux e seis forcados
de cara com a mesma grandeza: Ricardo Castelo, Francisco Faria, Rui Godinho,
Vasco Pereira, Ricardo Patusco e David Moreira.
Embalado pelo triunfo de Madrid,
o rejoneador Andy Cartagena chegou a Lisboa avisado de que estava na Pátria do
Toureio a Cavalo. E ainda que fiel à sua personalidade, foi o autor do toureio
mais intencional da noite. Revelou noções dos terrenos e das distâncias e de
forma simples fez com que dele nos dessemos conta.
Rui Salvador teve uma passagem paupérrima
por Lisboa e João Telles Jr. praticou um toureio que nem sempre foi ao encontro
do exigido pelos toiros.
ALCOCHETE. Noite de emoções
fortes, com a despedida de um dos forcados mais importantes dos últimos tempos:
Vasco Pinto, dos Amadores de Alcochete. Um forcado com maiúsculas. Pegaram ainda
Manuel Pinto, António Manuel Cardoso “Néné”, Nuno Santana (o novo cabo)
superiormente ajudado por João Pedro Bolota, Carlos Dias e Estevão Oleiro.
O rejoneador Diego Ventura teve
em Alcochete uma noite memorável. Sobretudo quando montou Sueño. O seu toureio
teve ligação, variedade, impacto. E beleza! Ninguém pode ficar indiferente às
capacidades de um cavalo que está a marcar a actualidade. Grande noite!
Luís Rouxinol praticou um toureio
“descaracterizado” em si e João Moura Caetano apenas convenceu no último do
festejo. Os toiros (Paulo Caetano e Guiomar Moura), saíram nobres e fáceis,
para que todos pudessem triunfar, mas… Para defender a Pátria do Toureio a
Cavalo começa-me a faltar argumentos… Merece uma reflexão!
Foto: João Silva
Foto: João Silva