sexta-feira, 6 de outubro de 2017

2.ª DE VILA FRANCA: A RESPOSTA DE NUNO CASQUINHA…

Vila Franca de Xira, 5 de Outubro 2017
Por: Catarina Bexiga

Troca de toiros para a corrida. Alteração do horário da mesma… Tudo parecia (novamente) enguiçado! Prefiro ficar com as melhores recordações… Move-me a paixão pela Festa de Toiros e motiva-me escrever o que, na arena, repito na arena, acontece de importante. Vou começar por aí... 

A carreira de Nuno Casquinha está recheada de mérito. De resistência. De persistência. Radicado no Perú, onde lhe têm “aberto as portas”, chegou à sua terra natal com uma mensagem. A de se afirmar! Um toureiro cuajado. Um toureiro moralizado. De capote recebeu superiormente ambos os toiros de Pontes Dias. Com o seu primeiro – nobre, o melhor dos quatro destinados ao toureio a pé – desenhou magníficos Derechazos, dois de cada vez, porque logo o toiro tardava a investir. Com o seu segundo, um toiro que lhe pediu o “carnet”, Casquinha ligou naturais extraordinários e, com muita firmeza, aguentou as investidas bruscas pelo pitón oposto. Atitude a rodos!

Juan Leal sorteou dois toiros sem classe. O primeiro sem raça, sem recorrido; e o segundo (o sobrero) sem opções. O esforço que fez foi inglório.

À semelhança da história de outras tardes, os homens de prata voltaram a brilhar. João Pedro e João Oliveira na quadrilha de Juan Leal; e Pedro Gonçalves que foi convidado por Nuno Casquinha a partilhar consigo o tercio de bandarilhas do último.   

A cavalo, Ana Batista esteve “valente como as armas” com o Grave que lidou a sós. Discordo da opinião de alguns aficionados, que aplaudiram o toiro, e de João Cantinho, que premiou o ganadero com volta à arena. O toiro saiu a orientar-se, a adiantar-se, a querer ganhar terreno, a medir, a apertar para a querença natural, mas como teve agressividade nas investidas acharam-no bravo. São opiniões! A cavaleira de Salvaterra de Magos aguentou-lhe os arreões, esteve desembaraçadíssima e veio a mais com o decorrer da actuação.

Francisco Palha continua no plano da intermitência. O seu Grave foi mais dócil, mas as vezes que passa em falso, contrastam com as boas intenções que também manifesta.

A actuação a duo (com um toiro de Passanha) entre ambos os cavaleiros deixou pouco para recordar.

Pelos Amadores de Vila Franca de Xira pegaram Guilherme Dotti à primeira, a recuar e a aguentar a investida superiormente; Francisco Faria que dobrou David Moreira fez uma grande pega com uma grande primeira-ajuda; e a encerrar Vasco Pereira à segunda, mas a manter o nível alto do grupo.  

Esta foi uma Feira de Outubro atípica. Marcada pelo descontentamento por parte dos aficionados vilafranquenses…

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