Moita, 14 de Setembro 2017
Por: Catarina Bexiga
Nem me apetece lembrar e muito menos escrever. Foram quatro
penosas horas… que não passavam, que não aqueciam, que não acabavam. Os toiros
de Veiga Teixeira – com média de 600 Kg – impuseram respeito, pediram
cavaleiros com recursos, que lhes aguentassem as investidas mais duras ou que
lhes pisassem os terrenos mais pesados … Que os soubessem tourear!
Do cartel fizeram parte António Ribeiro Telles, Rui Fernandes
e Filipe Gonçalves; e foi o cavaleiro da Torrinha o mais “sobrado” dos três. Hoje
o Toureio a Cavalo vive, mais que nunca, de “números” e quando sai o toiro
exigente, como os de Veiga Teixeira, revelam-se as carências…
A meio do espectáculo, o amador Joaquim Brito Paes esteve
correcto com um novilho de Paulo Caetano.
Para o Aposento da Moita, a noite de ontem mais parecia a
“Terceira Guerra Mundial”. Os toiros de Veiga Teixeira maltrataram os homens da
jaqueta de ramagens, que só a sesgo conseguiram resolver. Foram caras José
Henriques à quarta tentativa, João Vasco Ventura à terceira, Martim Afonso
dobrou Salvador Pinto Coelho à sexta, Ruben Serafim à quarta, José Maria
Bettencout à quinta e Luís Fera dobrou Miguel Fernandes à terceira. O novilho
lidado a meio do espectáculo foi pegado por João Gomes à segunda tentativa.
Uma noite sem ritmo, sem brilho, sem nada! Assim, não há
afición que resista…
Foto: Pedro Batalha