Por: Catarina Bexiga
Aquele que era o cartel mais mediático
e atractivo da temporada “torista!?” do Campo Pequeno – com Morante e
Manzanares juntos – rapidamente se tornou no mais polémico de 2018. Os exemplares
da ganadaria de Paulo Caetano que saíram à arena do “Centro de Lazer” motivaram
a maior bronca que alguma vez me lembro de ver numa praça de toiros. Dos quatro
sorteados, dois eram de “desmontável” e dessas perdidas no mapa. Orgulharem-se
de contratar para Lisboa, Morante e Manzanares, mas com toiros impróprios da
primeira praça de toiros do país, parece-me caricato. Empresa, Toureiros (e
vedores), Ganadero – todos cúmplices do “sistema” – sabiam o que estava nos
curros! Não venham agora fazer papel de vítimas. E que desculpas vão dar ao
Aficionado que pagou 40 € /60 € /80 € por um bilhete?
Artisticamente, a noite foi paupérrima.
João Telles Jr. teve duas actuações (a
primeira com o “Equador da Pêra Manca” e a segunda com o “Guardiola” e o “Glorioso”)
que não transcenderam, com dois cómodos toiros com o ferro do seu avô. Pelo Aposento
da Chamusca pegaram João Rui Salgueiro à primeira e Francisco Andrade à
terceira. De Morante e Manzanares pouco se viu… nem o sobrero serviu para nada…
numa noite a contra-estilo!
Na última semana, andou tudo
muito preocupado com as Propostas de Lei que hoje (Sexta-feira) irão ser
votados na Assembleia da República (preocupação que também subescrevo), mas convençam-se
que a maior defesa da Festa de Toiros está na arena! Noites como a última no
Campo Pequeno são um verdadeiro atentado à causa própria. Vaya desilusão!