sexta-feira, 20 de julho de 2018

CAMPO PEQUENO: PINTO BARREIROS, A PROTAGONISTA DA NOITE!

Por: Catarina Bexiga

Coube ao Toiro o protagonismo. Aliás, é ele o Rei da Festa, é ele que “tudo dá e tudo tira”, é ele que nos emociona e que nos apaixona. Sem Toiro não há Festa! O curro de Pinto Barreiros – este sim, com apresentação para uma Praça de primeira categoria – saiu rematado de carnes, mais aparatosos de córnea o primeiro e o último, e com excelentes hechuras o terceiro e quarto. De comportamento, foi um curro sério, que não permitiu triunfos “falsos”, que impôs respeito… Os lidados em segundo e quinto lugar reuniram várias virtudes, tiveram mobilidade e investiram com motor. Merecidamente, o ganadero Joaquim Alves foi chamado à arena por duas ocasiões.  

De toureio há pouco para recordar! Podem não querer ver. Podem não querer escrever (para não serem incomodados pelas “clãs” dos toureiros), mas a sorte de todos é que a falta de exigência que orienta o público do Campo Pequeno, deixa-os em plano de conforto...  mesmo com “quiebradas” e “garupadas”, há musica e há voltas à arena!

Se na noite do passado dia 17 de Maio, elogiei a postura exigente do DC Tiago Tavares, que não autorizou a volta à arena a António Ribeiro Telles e a João Moura Caetano, e impediu que Pablo Hermoso de Mendoza desse a segunda volta; reprovo o seu critério na noite de ontem. Afinal, os lenços brancos foram criados com que objectivo? Ficámos na mesma…

Luís Rouxinol teve uma primeira actuação discreta, com um toiro que investiu a choto, e com dois cavalos novos que não se encontram preparados para este tipo de complicações. O quinto curto com o “Amoroso” (este sim, mais toureado), resultou no seu melhor ferro. Depois, para o segundo do lote, apostou no “Douro”, privilegiando mais o toureio de cercanias do que o toureio fundamental.

A Filipe Gonçalves tocou o “toiromilhões”, o segundo e quinto da tarde foram dois grandes toiros (premiados com lenço azul). O primeiro, desperdiçou-o por completo e o segundo, em sortes a quiebro, deixou os ferros…

Francisco Palha apontou uma meritória sorte de gaiola no seu primeiro, mas não conseguiu manter o nível. A sua passagem por Lisboa ficou marcada pela irregularidade dos resultados. Teve mais noção que o DC, e negou dar as duas voltas à arena com que foi autorizado.

Disputaram o Concurso de Pegas três grupos. Pelos Amadores do Ribatejo, pegaram Pedro Espinheira e João Espinheira, ambos à primeira tentativa. Pelos Amadores da Chamusca concretizaram Bernardo Borges, tecnicamente perfeito (para mim a pega da noite) e Francisco Borges, também ambos à primeira. Pelos Amadores de Cascais foram solistas, Carlos Dias à segunda e Ventura Doroteia à primeira. No fim, o júri entendeu dar o prémio para a Melhor Pega a Ventura Doroteia…

Foto: João Silva

Arquivo do blog