Por: Catarina Bexiga
Nos tempos que correm, encontrar motivação para fazer 400
Km, para ir aos toiros, é quase tão difícil como “encontrar uma agulha no
palheiro”. Mas a afición tem destas coisas… às vezes inexplicáveis!
João Moura está a comemorar 40 anos de alternativa, e a
tarde de Estremoz foi a primeira de várias, que estão anunciadas para assinalar
a efeméride. Passadas quatro décadas, o cenário é muito diferente, mas o que Moura
representou para a história do Toureio a Cavalo jamais se apagará… Com o
primeiro da tarde, um bom toiro de Passanha, o cavaleiro de Monforte praticou
um toureio “descafeinado” montado no “Marino”; e com o quarto, um manso
reservado de José Luís Pereda, limitou-se a cravar a ferragem, com o “Zinco”,
sem entusiasmar.
António Ribeiro Telles sobressaiu com o primeiro. Foi
prudente e incerto o de José Luís Pereda, e reivindicou capacidades lidadoras
para lhe “dar a volta”. Houve passagens meritórias (com a intencionalidade
própria do que é o Toureio a Cavalo), especialmente, montado no “Favorito”. Com
o quinto da tarde, um toiro de Passanha, amorfo, que esperava muito no momento
do ferro, António andou discreto com o “Alcochete”.
Nos dois toiros do seu lote, Francisco Cortes viu-se em
plano modesto. O seu primeiro de Pereda foi tardo e o seu segundo de Passanha
manso em tábuas.
Pelos Amadores de Montemor-o-Novo pegaram Bernardo Dentinho
à segunda tentativa, Miguel Cecílio à segunda e António Salsa e Pina à
primeira. Pelo Aposento da Moita concretizaram Miguel Fernandes à terceira, Leonardo
Matias à segunda e o cabo José Luís Maria Bettencourt à sexta (a dobrar João
Ventura).