Lisboa, 18 de Agosto 2017
Por: Catarina Bexiga
António Ribeiro Telles escreveu mais uma página no livro dos
125 anos da Monumental do Campo Pequeno. Uma noite especial, com lotação
esgotada, com um público receptivo a tudo, disposto a aplaudir (o bom e o menos
bom), mas que no “baú” guardou a grande noite do cavaleiro da Torrinha.
António confirmou, ontem, o momento que atravessa, pleno de
maturidade, com uma intuição impar, com um vasto conhecimento dos terrenos e
das distâncias que os toiros requerem, e uma enorme torería na forma como se exprime.
Na primeira parte, a actuação veio em crescendo, montado no “Veneno”, alegrando
o cite em terra-a-terra, e partido com decisão para cobrar o ferro. O quinto da
noite – da ganadaria Palha – foi um grande toiro e com ele esteve um grande
toureiro. A forma como aguentou as encastadas investida do toiro e como
preparou as sortes, sobrando argumentos, foi um deleite para quem sabe o que é
tourear a cavalo. Montado no “Alcochete”, cravou cinco curtos dos grandes! O
público obrigou António a dar duas voltas à arena e o Director de Corrida
esqueceu-se de mostrar o lenço azul. O de Palha merecia!
O resto da noite (transmitida pela TVI), resume-se a um João
Moura discreto e um Luís Rouxinol animoso. Os toiros pertenciam a seis
ganadarias: Vinhas, Ribeiro Telles, Oliveira Irmãos, Murteira Grave, Palha e
Passanha.
Ambos os grupos estiveram à
altura do compromisso. Pelos Amadores de Montemor-o-Novo pegaram Francisco
Bissaia Barreto à segunda (grande pega), Duarte Mira à terceira e Francisco
Borges à primeira. Pelos Amadores de Lisboa concretizaram Martim Lopes à
primeira, Duarte Mira à terceira e João Varanda à primeira.
Foto: Facebook Campo Pequeno