Lisboa, 3 de agosto 2017
Por: Catarina Bexiga
Foi a pensar nos Emigrantes que a empresa
organizou a nocturna da passada Quinta-feira em Lisboa. Como diz a canção: Meu
querido mês de Agosto, contigo levo o ano inteiro a sonhar… E nada melhor que uma
bela “tourada” para matar as saudades…
A corrida de David Ribeiro Telles saiu díspar de
apresentação, com três toiros com trapio e outros tantos menos exigentes… De comportamento,
o 3.º foi colaborador (achei excessiva a volta do maioral) e o 5.º foi um bom
toiro, arrancando-se, várias vezes, para o cavalo. Curiosamente, não mereceu o “lenço
azul”. Aos outros quatro faltou entrega.
A aquilatar pela forma como festejaram cada ferro
– Rui Fernandes, Filipe Gonçalves e
Francisco Palha – julgaram-se autores de grandes actuações. Não partilho da
mesma opinião. Se é verdade que houve toiros que “não ajudaram”, também é verdade que não tiveram quem os ajudasse. O conceito cambiado “reinou”, com o que daí resulta…
Afinal, era a Corrida do Emigrantes… e o que é preciso é alegria, já chega os
restantes meses do ano fora de Portugal…
Tratava-se de um Concurso de Pegas, também ao gosto do Emigrante, mas isto dos Prémio (seja de cavaleiros, pegas ou toiros) há muito que perdeu crédito. Pelos Amadores do
Montijo pegaram Hélio Lopes, à primeira tentativa (grande pega) e José Pedro, à
segunda. Pelo Aposento do Barrete Verde de Alcochete concretizaram Marcelo Loia
à primeira e Diogo Amaro à segunda, mas valentíssimo, a aguentar vários
derrotes. Extraordinária intervenção. O público aclamou merecidamente o seu
labor. Pelos Amadores de S. Manços pegaram João Fortunado e Jorge Valadas ambos
à primeira. No fim, o Júri – constituído por um elemento do Real Clube
Tauromáquico Português, António Alfacinha (ex-cabo dos Amadores de Évora) e
Amorim Ribeiro (ex-cabo dos Amadores de Coruche) – escolheram a pega de Hélio
Lopes (ouviram-se protestos), mas ao micro foi anunciado que Diogo Amaro iria abrir
a porta grande. Inédito!!!