Sónia Matias vai actuar em solitário, no próximo Sábado, na
simpática praça de toiros do Sítio da Nazaré. Após 17 anos de Alternativa, este
é um desafio exigente, que tem merecido por parte da cavaleira total dedicação
e compromisso para com a afición… A menos de uma semana do acontecimento, Falar
de Toiros esteve à conversa com Sónia Matias:
Falar de Toiros – Com uma trajectória nas arenas que conta
com 17 anos de Alternativa, a Sónia Matias decidiu este ano encerrar-se com 6
toiros. É um sonho que tinha por concretizar?
Sónia Matias – Sim, mesmo depois de 17 anos de Alternativa, continuo
a ter objectivos para alcançar. Estou muito feliz por conseguir este ano
concretizar este sonho, encerrar-me com 6 toiros.
FT – Quando anunciou a sua “encerrona”, que retorno sentiu
por parte dos aficionados?
SM – As pessoas começaram logo a falar, e acima de tudo,
senti o respeito e a admiração dos aficionados, particularmente, daqueles que
me seguem e que ao longo dos anos me acompanham corrida após corrida.
FT – Como cenário escolheu a praça de toiros da Nazaré. Por
algum motivo especial?
SM – É uma praça
especial para mim. Sempre que actuo na Nazaré, sinto um carinho desmedido de
todo o público nazareno, sinto-me verdadeiramente em casa… Aquela praça tem um ambiente único e de grande
apoio aos toureiros. Adoro tourear na Nazaré. É o palco perfeito para sonhar e
realizar o meu sonho.
FT – Actuar em
solitário é um desafio exigente. Como é que tem feito a sua preparação?
SM – Sim, é um desafio extremamente exigente. Tenho treinado
muito, os dias têm sido intensos, de volta dos cavalos, sempre a corrigir ou a
melhorar pormenores. Ou seja, 24 horas sobre 24 horas, com muito afinco e muita
ilusão a pensar no próximo Sábado…
FT – Para a ocasião necessita
de uma quadra ampla…
SM – De momento, a minha quadra é um misto de veteranos com
novidades. De saída, tenho o “Monforte” (ferro João Moura), “Artista” (Ribeiro
da Costa), “Orelhas” (Soagro) e “Ernesto” (Francisco Parreira). De bandarilhas,
vou levar o “Alma Viva” (sem ferro), “Sultão” (sem ferro) – um cavalo importantíssimo
nas minhas últimas temporadas, que muito me tem dado – tenho também o “Mágico”
(Maria Guiomar Cortes Moura), “Amoroso” (sem ferro), “Bolero” (Silva Jerego), “Monforte”
(Luís Rouxinol), “Obélix III” (sem ferro) e também o “Atrevido”, um cavalo
muito conhecido entre o público. É uma quadra variada em que confio e acredito.
FT - Estão anunciados 6 toiros da Herdade de Camarate. Foi
vê-los ao campo? Sabe como está a corrida?
SM – Sim, fui ao campo ver os toiros, e penso que está uma
corrida muito equilibrada, que me transmite boas sensações. Espero que invistam
e que me ajudem…
FT – Durante 17 anos
foram muitas as pessoas que estiveram ao seu lado. 6 toiros supõe 6 brindes de reconhecimento?
SM – Os seis brindes serão todos especiais, mas seria
necessário muitos mais toiros para poder retribuir com brindes a gratidão que
tenho por tantas pessoas que me acompanham e apoiam ao longo de tantos anos.