Reguengos de Monsaraz, 11 de Junho 2017
Por:
Catarina Bexiga
O
cartel comemorativo dos 30 anos de Alternativa de Luís Rouxinol, em parte,
assemelhou-se ao que se viveu na “Celestino Graça” na tarde do seu
doutoramento: João Moura e Rui Salvador (apenas faltou Joaquim Bastinhas)
voltaram a partilhar as cortesias com o cavaleiro de Pegões. Mas os anos
passaram. Embora somadas muitas conquistas pelo meio (dos três); hoje os nossos
olhos vêem uma realidade diferente…
Em
tarde de muito calor, João Moura e Rui Salvador viram-se melhor nos seus
primeiros. Faltou raça ao de Passanha, mas montado no “Marino”, Moura praticou
um toureio correcto. Serviu o de Murteira Grave, que investiu humilhado nos
capotes, e montado no “Vice-Rei”, os primeiros curtos de Rui Salvador foram
mais convincentes que os restantes. As segundas actuações não acrescentaram história
à tarde…
Luís
Rouxinol sentiu-se acarinhado pela afición alentejana. É um grande toureiro,
mas prefiro ficar com o registo de outras tardes de triunfo. Frente ao da
Galeana (um toiro que investiu com alegria, mas que teve querença evidente nas
tábuas), com o “Douro” praticou um toureio de fácil conexão com o público. Destaco
apenas o terceiro curto, cingido do embroque e no remate. Com o da Herdade da
Pina, montado no “Amoroso” andou vulgar.
Rematados
de carnes, saíram os seis exemplares lidados. Foram reservados os de Passanha e
mais colaboradores os de Murteira Grave. O terceiro, teve virtudes, mas
querença em tábuas, chamado pelo cavaleiro e autorizado pelo “inteligente”, o ganadero
deu volta à arena!?
Pelos
Amadores de Montemor-o-Novo pegaram Francisco Bissaia Barreto, Francisco Borges
e Manuel Dentinho, todos à primeira tentativa, a confirmar o grande momento que
o grupo atravessa. Pelos Amadores de Monsaraz concretizaram David Feijão à
segunda, Carlos Polme à primeira e Nelson Campaniço também à primeira.