Montijo, 28 de Junho 2017
Por: Catarina Bexiga
Ventura encontra-se no melhor momento da sua carreira. “Com
toiro” ou “Sem toiro” a ajudar, a sua disposição fazem do rejoneador de Puebla
del Rio um toureiro arrebatador. Tudo com… ritmo, intuição, sentido de espectáculo,
etc. Apostou forte no primeiro de Canas Vigouroux – vibrante de saída com o “Bronce”
e espectacular com o “Sueño” e o “Nazari” – e se duvidas houvesse, com o
segundo, manso com querença em tábuas, de novo com o “Nazari” andou sobrado,
com argumentos, com recursos… por outras palavras, não investia o toiro, “investia”
Ventura. Cumbre!!!
António Ribeiro Telles fez valer a sua condição de máximo intérprete
do Toureio a Cavalo à Portuguesa. O seu primeiro “Canas” foi exigente no
momento do ferro, teve raça, transmitiu, e o cavaleiro da Torrinha esteve à sua
altura. Montado no “Favorito” cravou cinco curtos com muita sinceridade e
mérito. O segundo colaborou menos, obrigou António a provocá-lo, a incentivá-lo
a investir. Com o “Alcochete” pisou os terrenos exigidos, e do 2.º ao 6.º
curto, a actuação veio sempre a crescer… Em plano de Maestro.
João Moura Jr. teve pela frente o pior lote da noite. Mansos,
sem vontade de investir, reservados… Do meu ponto de vista, a Moura Jr. faltou
capacidade de surpreender, porque quando os toiros não permitem o toureio desejado,
há que apresentar outras soluções…