Por: Catarina Bexiga
Em 2016,
Rafael Vilhais aventurou-se no papel de empresário das praças de toiros de
Beja, Salvaterra de Magos e Caldas da Rainha. Em apenas uma temporada, deu que
falar. Inovou. Arriscou. Criou expectativas. Para 2017, juntou ao grupo a praça
de toiros “Daniel do Nascimento”.
A motivação do empresário contínua em alta…
A motivação do empresário contínua em alta…
Falar de
Toiros – Conhecendo o meio taurino português, e os seus vícios, o que é que o
motivou a aumentar a participação empresarial na temporada passada?
Rafael
Vilhais – O primeiro motivo foi a minha afición. Penso que pode ser uma
mais-valia para refrescar o ambiente. Pelo menos, para mudar qualquer coisa
para bem da Festa de Toiros em Portugal. Para além disso, também o incentivo
por parte de alguns amigos e profissionais da Festa foi fundamental para
avançar.
FT – O
Rafael foi nomeado por muitos o empresário da temporada. Para si, a conquista
deste título deve-se ao facto de ter contratado, sobretudo, Diego Ventura para
Beja e Roca Rey para Salvaterra de Magos, duas praças de toiros identificadas
como de difícil gestão?~
RV –
Talvez por isso, e pela situação actual que vivemos ou vivíamos de monotonia de
cartéis. O publico agradece que se faça algo de diferente e na maioria dos
casos responde à confecção de cartéis que mais lhe agrada.
FT –
Considera que a gerência da praça de toiros das Caldas da Rainha foi menos
ousada?
RV –
Considero que sim. Foi onde as coisas não resultaram tanto. Também temos que
ter em conta que houve dois adiamentos da Corrida Mista de Maio. Apesar disso,
o 15 de Agosto teve uma excelente casa, superando o número dos últimos três
anos.
FT –
Este ano, aumentou o grupo com a “Daniel do Nascimento” (Moita), uma das praças
de toiros com mais prestígio. Em Maio (27) junta no mesmo cartel, Diego Ventura
e Roca Rey é uma aposta forte… digna de lotação esgotada?
RV – A
“Daniel do Nascimento” é, sem dúvida, uma praça de prestígio, e exige de nós o
máximo respeito e a máxima dedicação na hora da organização e confecção dos cartéis.
Espero que no dia 27 de Maio, com o rejoneador Diego Ventura e o matador de
toiros Roca Rey esgote! Se tal não acontecer algo vai mal na afición moitense e
no país taurino em geral.
FT –
Para além do Concurso de Ganadarias, anunciado para Salvaterra de Magos, para
2017 existem mais planos arrojados? Algum que nos possa desvendar?
RV –
Existem mais planos, com certeza, para todas as praças, mas gostava que surgissem
também alguns toureiros nacionais com capacidade para criar paixões, e se tornassem
verdadeiros ídolos da Festa, que arrastassem multidões e enchessem as praças. Procura-se
urgentemente! A seu tempo darei mais notícias de possíveis cartéis.
FT –
Estamos no início da temporada, e há muito por definir. Desde que é empresário,
as noites são passadas a idealizar cartéis?