Vila Franca de Xira, 3 de Julho 2016
Por: Catarina Bexiga
Domingo de Colete Encarnado. Um
Domingo que engrandece Vila Franca. Que nos faz recordar histórias que
guardamos no coração… Porque o Colete Encarnado é mais do que uma festa, é um
sentimento, é uma identidade… Que não acabará por decreto!
Ontem foi Domingo de Colete
Encarnado. A maestria de António Ribeiro Telles esteve presente em Vila Franca.
António foi autêntico, foi genuíno. As duas actuações basearam-se na sapiência
do cavaleiro da Torrinha, na forma como “geriu” os terrenos e as distâncias de
cada toiro. Sérios de apresentação, mas reservados na generalidade os de
cavalos. Deu gosto vê-lo lidar. No primeiro, com o “Veneno” a actuação veio em
crescente; e depois no segundo, de saída apontou dois bons compridos no “Embuçado”
e empolgou as bancadas da Palha Blanco, sobretudo, no segundo e quarto curto com
o “Alcochete”.
De João Moura Jr. prefiro o que
vi no seu primeiro toiro. Montado no “Colombo” a actuação teve passagens
vibrantes, especialmente, quando praticou um toureio menos enganoso nas
abordagens. Assim aconteceu com o segundo e quarto ferro. Deu continuidade no
quinto, rematou os ferros com ajuste e as bancadas reagiram com força. No segundo
do seu lote, com o “Perera” e o “Xeque-Mate” teve uma prestação mais vulgar.
Para os Amadores de Vila Franca
de Xira, o Domingo de Colete Encarnado é um Domingo especial. Este ano
despediu-se um grande forcado: Ricardo Patusco, um forcado de toiros duros, que
tantas e tantas alegrias deu aos vilafranquenses. Pegaram Rui Godinho à segunda, Gonçalo Filipe
à primeira, Ricardo Patusco à primeira e David Moreira à segunda.
No
toureio a pé anunciava-se Manuel Dias Gomes. À arena saíram toiros, com quatro
anos, com um trapio desproporcionado para o efeito. O primeiro pesou 570 Kg e o
sobrero 605Kg. Um, exigia firmeza; o outro
revelou-se agressivo. Manuel Dias Gomes esteve longo de andar a gosto. Foi
claramente “deitado aos leões”. É assim que se pretende ajudar os toureiros
portugueses? Acreditam em milagres?