segunda-feira, 4 de julho de 2016

VILA FRANCA DE XIRA: MAIS DO QUE UMA FESTA…

Vila Franca de Xira, 3 de Julho 2016
Por: Catarina Bexiga

Domingo de Colete Encarnado. Um Domingo que engrandece Vila Franca. Que nos faz recordar histórias que guardamos no coração… Porque o Colete Encarnado é mais do que uma festa, é um sentimento, é uma identidade… Que não acabará por decreto!

Ontem foi Domingo de Colete Encarnado. A maestria de António Ribeiro Telles esteve presente em Vila Franca. António foi autêntico, foi genuíno. As duas actuações basearam-se na sapiência do cavaleiro da Torrinha, na forma como “geriu” os terrenos e as distâncias de cada toiro. Sérios de apresentação, mas reservados na generalidade os de cavalos. Deu gosto vê-lo lidar. No primeiro, com o “Veneno” a actuação veio em crescente; e depois no segundo, de saída apontou dois bons compridos no “Embuçado” e empolgou as bancadas da Palha Blanco, sobretudo, no segundo e quarto curto com o “Alcochete”.

De João Moura Jr. prefiro o que vi no seu primeiro toiro. Montado no “Colombo” a actuação teve passagens vibrantes, especialmente, quando praticou um toureio menos enganoso nas abordagens. Assim aconteceu com o segundo e quarto ferro. Deu continuidade no quinto, rematou os ferros com ajuste e as bancadas reagiram com força. No segundo do seu lote, com o “Perera” e o “Xeque-Mate” teve uma prestação mais vulgar.

Para os Amadores de Vila Franca de Xira, o Domingo de Colete Encarnado é um Domingo especial. Este ano despediu-se um grande forcado: Ricardo Patusco, um forcado de toiros duros, que tantas e tantas alegrias deu aos vilafranquenses.  Pegaram Rui Godinho à segunda, Gonçalo Filipe à primeira, Ricardo Patusco à primeira e David Moreira à segunda.


No toureio a pé anunciava-se Manuel Dias Gomes. À arena saíram toiros, com quatro anos, com um trapio desproporcionado para o efeito. O primeiro pesou 570 Kg e o sobrero 605Kg. Um, exigia firmeza; o outro revelou-se agressivo. Manuel Dias Gomes esteve longo de andar a gosto. Foi claramente “deitado aos leões”. É assim que se pretende ajudar os toureiros portugueses? Acreditam em milagres?

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