Por: Catarina Bexiga
Grande noite de Ana Batista na sua terra. De inspiração, com
classe, com torería, na plenitude da sua madurez artística. A forma como
interpretou o seu primeiro de Alves Inácio, como o lidou, como preparou as
sortes, como lhe desvendou os terrenos e as distâncias, como o tirou da querença
– Aliás, o Toureio a Cavalo é isto! – deu gosto ver. Destacou-se de saída com o
“Pérola” e aumentou o nível com o “Roncal”. Desfrutou quem entendeu a mensagem!
A sua actuação ao quarto da função veio a mais com o “Conquistador”. Manteve a disposição,
deu importância ao cite e ao remate das sortes e voltou a marcar a diferença!
Diego Ventura e Francisco Palha entusiasmaram mais na
segunda parte do espectáculo. Da primeira actuação de Diego Ventura guardo a
grande gaiola a que apontou com a “Campina”. Depois com o seu segundo viu-se mais
encastado, mais em Ventura, com o “Nazari” e depois com o “Dólar”, com os
conhecidos (e meritórios) pares sem cabeçada. Francisco Palha praticou um
toureio muito idêntico em ambos do seu lote, mas foi com a “Duquesa” que cravou
três grandes curtos no último da função.
O curro de Alves Inácio saiu díspar de apresentação, com
melhor tipo os dois últimos. O primeiro revelou cedo a sua conduta de manso
complicado, o quinto foi o melhor do conjunto; e aos restantes faltou entrega, sendo
evidente a forma como se reservaram na querença.
Ambos os grupos estiveram à altura da sua história. Pelos
Amadores de Vila Franca de Xira pegaram Pedro Silva à terceira tentativa, João
Luz concretizou uma excelente pega à primeira e João Matos também outra grande
pega à primeira. Pelos Amadores de Alcochete foram solistas João Machacaz ao
primeiro intento, Diogo Timóteo e Manuel Pinto também se fecharam à primeira,
com mais duas grandes intervenções.
Foto: Pedro Batalha