Por: Catarina Bexiga
O perigo está sempre presente. Faz parte da Festa dos Toiros.
Faz parte de cada espectáculo. É inerente a quem pisa as arenas. E se muitas
vezes parece esquecido, outras faz-se respeitar…. A colhida de Francisco Palha
em Salvaterra de Magos é exemplo disso. Na minha opinião, a tarde resumiu-se a
uma grande “gaiola” do cavaleiro do Paul da Vala; a duas grandes pegas do grupo
de Santarém – por parte de António Taurino ao terceiro da tarde e de Francisco
Graciosa ao quinto – e uma outra grande pega do grupo de Coruche – tendo como
protagonista António Tomás no segundo da função.
Tratava-se de um Concurso de Ganadarias a inaugurar a
temporada salvaterrense. O toiro de Fernando Palha esperou muito, o de António
Silva (Prémio Apresentação) careceu de raça, o de Veiga Teixeira (Prémio
Bravura) e o de Fernandes de Castro foram os que apresentaram melhores condições
de lide, ao de Vinhas faltou entrega e o de Vale Sorraia prestou-se ao toureio
a duo. Após a colhida de Francisco Palha, foi anunciado que por “acordo de
cavalheiros” a lide do sexto seria entre Telles e Rouxinol. Esqueceram-se que estávamos
num Concurso de Ganadarias? Despropositado!
No que ao Toureio a Cavalo diz respeito, como referi anteriormente,
apenas guardo a extraordinária “gaiola” de Francisco Palha com o “Irreal”, que
após resultar colhido teve valor para levar a lide até ao fim, e ainda cravar
outro grande ferro (o 4.º) com a “Duquesa”. De António Telles e Luís Rouxinol prefiro
esperar por melhores tardes. Sou aficionada ao Toureio a Cavalo, sei o que
valem os dois, e opto por “não embandeirar em arco”, para no dia que mereçam, chegar
a este espaço e enaltecê-los…
Quanto aos forcados, para além dos nomes mencionados, pelos
Amadores de Santarém também pegou Francisco Paúlos à segunda tentativa; e pelos
Amadores de Coruche concretizaram ainda João Prates á segunda e Tiago Gonçalves
à primeira.
Foto: João Silva