Em recente entrevista ao ABC, o rejoneador luso-espanhol
Diego Ventura afirmou o seguinte: “ Antes, el rejoneo tenía más pureza en Portugal; ahora, quizá un
poco más, en España, gracias a una serie de grandes figuras.”
Como aficionada, e
apaixonada pelo Toureio a Cavalo, não resisto a fazer as seguintes
considerações:
Ponto 1 – É inquestionável
o mérito de Diego Ventura: 14 Puertas Grandes em Madrid! 10 Puertas del
Príncipe em Sevilha! Atravessa o melhor momento da sua carreira, toureadíssimo,
moralizadíssimo, com a ambição a roçar as nuvens... Prepara-se para “competir”
com a corrida de Rejoneo da Feira de Sevilha, encerrando-se, no mesmo dia e à
mesma hora, com seis toiros em Espartinas; e para a Feira de San Isidro reclama
um mano-a-mano com Pablo Hermoso de Mendoza ou seis toiros!
Ponto 2 – Diego Ventura
é uma grande Figura do Toureio, mas não tenho (falo por mim) que dizer “amén” a
tudo o que o de La Puebla afirma. Fazer entender que agora em Espanha se
toureia a cavalo com mais pureza do que em Portugal parece-me absurdo!
Ponto 3 – Sou contra
as comparações entre o Toureio a Cavalo em Portugal e Espanha. Têm ambos o seu valor!
Têm ambos a sua história! Todavia, estão a atravessar momentos diferentes! E Pablo
e Ventura são uma coisa e os restantes nomes, outra… Generalizar é excessivo!
Ponto 4 – Diego Ventura
conhece a nossa realidade, conhece as nossas ganadarias, sabe o efeito que
produz dois ferros compridos e o que produz dois rojones de castigo; e devia
saber que a pureza que em Portugal se pratica é diferente da pseudo-pureza que
em Espanha se pratica. Enganar constantemente a investida, desviar constantemente
a trajectória do toiro, NUNCA SERÁ PUREZA!